terça-feira, 12 de maio de 2009

Política Europeia

Sou contra a integração da Turquia na União Europeia. Pelo menos para já. E não, não me sinto minimamente xenófoba como já me disseram.
Em primeiro lugar, parece-me que a UE ainda tem muito que crescer no seu território geográfico, antes de integrar um país que nem um terço de terra tem em comum connosco. Fazê-lo. com os custos que isto acarretaria (passaria a ser o 2o maior país da UE, mas com uma colapsadíssima economia...já que a a adesão da Turquia custaria aos cofres da União entre 19 e 27 milhões de euros por ano), não me parece justo para o resto da Europa sequer.
A eterna questão do Chipre. Para quem não sabe, Ancara invadiu metade da ilha de Chipre e mantém-na ocupada desde 1974...A República do Chipre já pertence á UE. Como integrar a Turquia se esta tem uma parte de um território da UE invadido à lei da bala?
O facto de ainda existirem presos políticos na Turquia, da liberdade de expressão não ser ainda um direito garantido e de que todos os dias existam mulheres a serem desrespeitadas impunemente é um dos grandes senãos da adesão turca. O mais grave penso eu.
A Europa é maioritariamente cristã, nem sempre tem conseguido conciliar os valores e ideais judaico-cristãos com a mentalidade conservadora e arcaica do Islão. As minorias muçulmanas na Europa não conseguiram dar o melhor exemplo de plena integração (os guetos de Marselha e a polémica do véu em França e Bruxelas são os casos mais gritantes), por isso mesmo parece-me que existe ainda muito a fazer no seio da Europa antes de se abrir portas a algo que, queiramos admitir ou não, nos é desconhecido.

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